Este é meu blog. Nele compartilho minhas experiências educacionais com todos. Seja bem vindo.
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CARNE DE LINGUA ( CONTO AFRICANO)

Estamos na semana da CONSCIENCIA NEGRA, é uma ótima oportunidade para trabalharmos temas relacionados a cultura afro-brasileira.  Procure nos marcadores PROJETO AFRICANIDADES, várias sugestões. A seguir um conto maravilhoso.

CARNE DE LINGUA (conto africano)
Há muito, muito tempo, existiu um rei que se apaixonou perdidamente por uma rainha. Depois do casamento, a rainha foi morar no castelo do rei, mas assim que pisou lá, misteriosamente ficou doente. Ninguém sabia o que tinha, ia definhando a cada dia. O rei, que era muito rico e poderoso, mandou chamar os melhores médicos do mundo. Eles a examinaram, mas não encontraram a causa de sua doença. O rei, então mandou chamara os curandeiros mais famosos do mundo. Fizeram preces, prepararam poções e magias. Também não adiantou nada. A rainha emagrecia diariamente, dali a pouco desapareceria por completo.

O rei, que amava sua esposa tão intensamente, decidiu:

Eu mesmo vou procurar a cura para a doença da minha rainha.

E lá foi ele procurando a cura para sua rainha. Andou por cidades e campos. Num desses campos, avistou uma cabana. Aproximou-se, colocou o rosto perto da janela e viu, lá dentro, um casal de camponeses. O camponês mexia os lábios e, na frente dele, a camponesa, gordinha e rosadinha, não parava de gargalhar. Os olhos daquela mulher transbordavam felicidade.

O rei começou a pensar:

- o que será que faz essa mulher ser tão feliz assim?

Com essa pergunta na cabeça, o rei respirou fundo e bateu na porta da cabana.

-Majestade! O que vossa alteza deseja?_ perguntou o camponês um pouco assustado com a presença real na sua frente.

- Quero saber, camponês, o que você faz\ para sua mulher ser tão feliz e saudável? A minha rainha está morrendo no castelo, toda tristonha.

-muito simples, majestade. Alimento a minha mulher todos os dias com carne de língua.

O rei pensou que tinha ouvido errado: CARNE DE LÍNGUA! O camponês voltou a repetir:

-Alimento minha esposa diariamente com carne de língua.

A situação era de vida ou morte. O rei, mesmo achando aquilo meio estranho, agradeceu ao camponês e foi correndo para seu castelo. Chegando lá, mandou chamar imediatamente à sua presença o cozinheiro real:

-Cozinheiro, prepare imediatamente um imenso sopão com carne de língua de tudo o que é animal vivente na terra.

-O que?! Como assim vossa alteza? – perguntou o cozinheiro, com um ponto de interrogação no rosto.

-Você ouviu direito! Carne de língua de todos os animais do reino! Corra, porque a rainha não pode mais esperar.

O cozinheiro foi chamar os caçadores do reino. Depois de algumas horas, já tinha na sua frente língua de cachorro, gato, rato, jacaré, elefante, tigre, girafa, lagartixa, tartaruga, vaca, ovelha, zebra, hipopótamo...

O imenso sopão ficou pronto no meio da noite. O próprio rei foi alimentar a sua rainha com carne de língua. Entrou no quarto e ficou espantado com a aparência de sua amada esposa. Sentou-se ao seu lado, pegou uma colher do sopão e a aproximou da boca da rainha. Com muito esforço, ela engoliu algumas colheradas do sopão.

O rei esperou, esperou e esperou, mas a rainha não melhorava, muito pelo contrário, parecia que a morte a levaria a qualquer momento. Um desespero tomou conta do rei. Se não fizesse algo, a rainha iria embora para sempre.

-Soldado! Soldado! – gritou.

Um imenso homem, com armadura e espada, entrou no quarto.

- Escute bem, soldado. A rainha tem que ser transferida imediatamente para a casa de um camponês. Lá você encontrará uma mulher gordinha e rosadinha, que você traga até aqui.

O rei explicou ao soldado onde ficava a casa desse camponês. Essa era a única chance, ele imaginava, de a mulher sobreviver. Talvez ele não tivesse entendido direito o que o camponês lhe dissera.

-Corre, corre, soldado! A vida da rainha depende disso!

O soldado pegou a rainha no colo e com a ajuda de outros homens saiu em disparada até a casa do camponês. A troca foi feita e, assim que a camponesa entrou no castelo do rei, ficou doente misteriosamente. Depois de t rês semanas, a camponesa, que era gordinha e rosadinha, estava magra e triste. O rei, então, decidiu ver como estava a sua rainha.

Chegando na cabana, pôs o rosto na janela e...Não podia ser! A rainha estava gordinha, rosadinha e gargalhava como nunca tinha visto antes. Na frente dela, o camponês não parava de mexer os lábios. O rei bateu à porta:

-Majestade, você novamente aqui. O que vossa alteza deseja?

-Camponês, o que esta acontecendo!? A sua esposa está morrendo no meu castelo e a minha está toda feliz saudável aqui na nossa frente.

- Me diga você, alteza, o que você fez?

-Fiz exatamente o que moce mandou. Dei carne de língua de cachorro, gato, sapo, coelho, girafa... para minha rainha e para sua esposa também. Mas, camponês, nada adiantou.

_ Majestade, você não compreendeu o que eu disse. Eu alimento a sua rainha e a minha esposa com carne de língua, que são as histórias contadas pela minha língua.

O rei pensou um pouco sobre aquelas palavras. Lembrou-se também dos lábios do camponês mexendo. Parecia que agora havia entendido. Chamou a sua rainha de volta e devolveu a camponesa para sua casa. Assim que a rainha entrou no castelo, o rei prometeu que daria todas as noites, antes de dormir, carne de língua.

A partir daquele dia, contam os quenianos, o rei contava uma história diferente todas a s noites. E os quenianos nos revelaram que nunca mais essa rainha ficou doente. E esse povo africano ainda nos revela mais um segredo: as histórias fazem muito bem para as mulher, crianças, jovens, homens e até mesmo para os reis.

domingo, 14 de novembro de 2010

NEM JESUS CRISTO AGUENTARIA SER PROFESSOR NOS DIAS DE HOJE

Garímpando na net, vejam o que encontrei. Leiam e comentem...

O SERMÃO DA MONTANHA (- VERSÃO PARA EDUCADORES)

Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....


Nem o Senhor Jesus aguentaria ser um professor nos dias de hoje.....
O Sermão da montanha (*versão para educadores*)
Naquele tempo, Jesus subiu a um monte seguido pela multidão e, sentado sobre uma grande pedra, deixou que os seus discípulos e seguidores se aproximassem.
Ele os preparava para serem os educadores capazes de transmitir a lição da Boa Nova a todos os homens.
Tomando a palavra, disse-lhes:
- “Em verdade, em verdade vos digo:
Felizes os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus.
Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.
Felizes os misericordiosos, porque eles...”
Pedro o interrompeu:
- Mestre, vamos ter que saber isso de cor?
André perguntou:
- É pra copiar?
Filipe lamentou-se:
- Esqueci meu papiro!
Bartolomeu quis saber:
- Vai cair na prova?
João levantou a mão:
- Posso ir ao banheiro?
Judas Iscariotes resmungou:
- O que é que a gente vai ganhar com isso?
Judas Tadeu defendeu-se:
- Foi o outro Judas que perguntou!
Tomé questionou:
- Tem uma fórmula pra provar que isso tá certo?
Tiago Maior indagou:
- Vai valer nota?
Tiago Menor reclamou:
- Não ouvi nada, com esse grandão na minha frente.
Simão Zelote gritou, nervoso:
- Mas porque é que não dá logo a resposta e pronto!?
Mateus queixou-se:
- Eu não entendi nada, ninguém entendeu nada!
Um dos fariseus, que nunca tinha estado diante de uma multidão nem ensinado nada a ninguém, tomou a palavra e dirigiu-se a Jesus, dizendo:
- Isso que o senhor está fazendo é uma aula? Onde está o seu plano de curso e a avaliação diagnóstica? Quais são os objetivos gerais e específicos? Quais são as suas estratégias para recuperação dos conhecimentos prévios?
Caifás emendou:
- Fez uma programação que inclua os temas transversais e atividades integradoras com outras disciplinas? E os espaços para incluir os parâmetros curriculares gerais? Elaborou os conteúdos conceituais, processuais e atitudinais?
Pilatos, sentado lá no fundão, disse a Jesus:
- Quero ver as avaliações da primeira, segunda e terceira etapas e reservo-me o direito de, ao final, aumentar as notas dos seus discípulos para que se cumpram as promessas do Imperador de um ensino de qualidade. Nem pensar em números e estatísticas que coloquem em dúvida a eficácia do nosso projeto. E vê lá se não vai reprovar alguém! Lembre-se que você ainda não é professor titular...

quinta-feira, 11 de novembro de 2010



DISCRIMINAÇÃO RACIAL E BULLIYNG

PLANO DE AULA - REVISTA NOVA ESCOLA - quer saber mais, clique nos ícones da revista ao lado ;

Objetivos


Ler e analisar a obra Caçadas de Pedrinho (1933), de Monteiro Lobato;
Refletir sobre a questão racial;
Discutir o pensamento preconceituoso e as atitudes discriminatórias.

Conteúdo
Literatura – Monteiro Lobato e sua obra.
Tempo sugerido Duas aulas

Introdução
No final de outubro deste ano, o Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou um parecer sugerindo a exclusão do livro Caçadas de Pedrinho (1933), de Monteiro Lobato, das escolas públicas – sob a alegação de que a obra trazia conteúdo discriminatório.
A medida alcançou repercussão nacional. Inúmeros leitores que se deliciaram com as histórias do Sítio do Pica-Pau Amarelo vieram a público manifestar sua indignação frente ao parecer. Entre eles, escritores conhecidos como Lya Luft que, consternada, escreveu em sua coluna na VEJA o artigo Crucificar Monteiro Lobato?.
Aproveite a discussão sobre a discriminação racial na obra lobatiana para convidar os alunos a conhecer um dos maiores nomes de nossa literatura infantil brasileira – que soube apontar com precisão os problemas sociais do Brasil da primeira metade do século 20. Mostre à turma que o autor de A negrinha (1920) e As histórias de Tia Anastácia (1937) preocupava-se em denunciar o preconceito racial por meio da representação impiedosa do negro no país.

Desenvolvimento

1ª aula
Pergunte aos alunos o que eles entendem por preconceito. Questione-os sobre as formas de discriminação que conhecem. Indague-os a respeito da relação entre a discriminação e a prática do bullying nas escolas.
Diante das múltiplas respostas, faça uma discussão coletiva sobre as principais questões levantadas. Comece esclarecendo o significado da palavra bullying. Explique à classe que ela é usada para descrever as ações praticadas intencional e sistematicamente por crianças e adolescentes com a intenção de amedrontar e discriminar o outro. Comente com a moçada que tanto uma agressão física quanto uma coerção moral – como os apelidos que zombam de aspectos físicos, por exemplo – se enquadram no conceito. A prática do bullying é um reflexo da intolerância ao outro.
Discuta com a classe como esse problema se insere do dia a dia da escola. Questione os estudantes sobre as razões que levam ao bullying e as maneiras de combatê-lo. Diga à turma que a criança ou o adolescente que pratica o bullying comete uma infração prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e pode ser punido com medidas socioeducativas. Conte também que o Decreto-lei 2848/40 (Código Penal, artigo 140) afirma que a ofensa pode ser punida com prisão de um a seis meses ou multa.
Introduza na conversa a questão do preconceito. Debata com a moçada a relação entre o bullying e as diversas formas de discriminação social e racial. Para ajudar na discussão, apresente aos alunos a cartilha Preconceito não é legal: a intolerância e a lei, de Carlo José Napolitano e Clodoaldo Meneguello Cardoso. O material faz parte do projeto Convivência na diversidade, coordenado pelo Núcleo Pela Tolerância – centro associado ao Laboratório de Estudos da Intolerância (Lei) da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
Ao final da aula, a turma deve perceber que bullying e discriminação são dois conceitos que, em geral, andam juntos. Comente com os estudantes que, na aula seguinte, eles vão ampliar a discussão sobre diferentes formas de preconceito.

2ª aula
Pergunte aos alunos se conhecem a história de Emília e sua turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Em seguida, apresente a eles a obra Caçadas de Pedrinho (1933), de Monteiro Lobato. Pergunte se conhecem o livro. Caso alguém já tenha lido, pergunte o que o aluno achou da obra.
Leve um exemplar para a sala de aula e leia para a classe o trecho em que um jabuti e uma capivara dialogam sobre a relação entre o homem e a natureza (página 23). Diante das mazelas humanas, o jabuti afirma que a solução para os animais é procurar outras terras, livres do contato com o homem. Este sonho utópico é destruído pela voz da capivara: “Não há mais terras habitáveis neste país. Os homens andam a destruir todas as matas, a queimá-las, a reduzi-las a pastagens para bois e vacas”. Conte à classe que, ao longo da história, a tensão entre animais e a turma de Pedrinho vai sendo amenizada, até que eles se tornam amigos de um rinoceronte que escapa de um circo.
Pergunte à turma se, na época em que o livro foi escrito, já havia no Brasil uma grande preocupação ambiental. Os estudantes devem notar que não. Na primeira metade do século 20, os animais silvestres ainda não estavam protegidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e o meio ambiente não era pauta nos jornais.
Questione a moçada, então, sobre as intenções do autor ao colocar um diálogo como esse no livro. Leve os alunos a perceber que Monteiro Lobato faz um alerta aos leitores sobre a importância de uma boa relação entre o homem e o meio ambiente.
Em seguida, leia para os alunos trechos de Caçadas de Pedrinho que retratam a relação entre Tia Anastácia, Dona Benta e as crianças – e que podem ser considerados discriminatórios. Seguem abaixo alguns exemplos:
1) “É guerra e das boas. Não vai escapar ninguém – nem Tia Anastácia, que tem carne preta” (pág. 26).
2) “[...] Tia Anastácia, [...] trepou, que nem uma macaca de carvão, [...] com tal agilidade que parecia nunca ter feito outra coisa na vida senão trepar em mastros” (pág. 39).
3) “E você, pretura? [perguntou Emília a Tia Anastácia] (pág. 41).
4) “Dona Benta arrepiava-se com aquilo. Lera muita coisa sobre as grande feras africanas e sabia que nenhuma existe mais traiçoeira e feroz do que o rinoceronte [...]”
“Tia Nastácia benzia-se. Ignorava o que fosse um rinoceronte [...]” (pág. 42).
5) “A negra, que nada sabia a respeito de rinocerontes, ofereceu-se para ir espantar o bicho com o cabo da vassoura” (pág. 53).
6) “Não é boi, Nastácia, é ri-no-ce-ron-te – emendou Dona Benta”
“Para mim é boi – insistiu a negra. – Não sei dizer esse nome tão comprido e feio. Estou velha demais para decorar palavras estrangeiras” (pág. 66).
Pergunte aos alunos quais aspectos de discriminação podem ser percebidos nessas frases. Eles devem notar que, em alguns casos, as atitudes preconceituosas dizem respeito à questão racial – o fato de Tia Anastácia ser negra é visto de maneira pejorativa. Em outras, dizem respeito à questão socioeducativa dela. Iletrada, Tia Anastácia representa a cultura popular em oposição à cultura erudita de Dona Benta.
Peça, então, que os estudantes leiam o artigo Crucificar Monteiro Lobato?, escrito por Lya Luft para a VEJA. Pergunte se a turma ouviu falar a respeito do parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) que sugere a proibição da obra por supostamente conter conteúdos discriminatórios.
Questione a turma se a visão preconceituosa em relação a Tia Anastácia reflete um preconceito do próprio Monteiro Lobato ou é a maneira que ele encontrou para denunciar um problema existente na sociedade.
Para embasar a discussão, comente com a moçada que o Brasil de Lobato era marcado pela luta do negro contra o rebaixamento, após o processo de abolição da escravatura no país. Apresente aos alunos o seguinte trecho do livro A figura do negro em Monteiro Lobato, escrito em 2008 pela pesquisadora Marisa Lajolo:
Efetivamente, a representação do negro, em Lobato, não tem soluções muito diferentes do encaminhamento que a questão encontra na produção de boa parte da intelectualidade brasileira, e não só da contemporânea de Lobato, como vêm ensinando os estudos de Heloísa Toller. Longe de desqualificar a questão, esta ambiguidade torna-se ainda mais relevante. Mas os melhores ângulos para discuti-la não se esgotam na denúncia bem intencionada dos xingamentos de Emília, absolutamente verossímeis e, portanto, esteticamente necessários numa obra cuja qualidade literária tem lastro forte na verossimilhança das situações e na coloquialidade da linguagem (LAJOLO, 1997, p. 2).
Terminada a leitura, faça alguns questionamentos aos alunos:

- Qual o argumento usado para banir a obra de Monteiro Lobato das escolas?
- Esta medida (caso seja homologada) poderá ser estendida a outros livros? Quais?
- Quais os impactos de adaptar trechos de uma obra e retirar dele as contradições e problemas da sociedade que são retratados?
Dê um tempo para que os alunos discutam e apresentem suas opiniões. Para finalizar o debate, mostre à classe que a Tia Anastácia também é vista com carinho pela turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo – e não só pelos quitutes, mas também por sua afetividade com as crianças. Leia para os alunos o final harmonioso da história.
A vitória da Emília foi saudada com berros e palmas. Até o rinoceronte aplaudiu com urros, contentíssimo do feliz desfecho do incidente.
Dona Benta deu um suspiro de alívio e voltou ao terreiro. Queria continuar o seu passeio no carrinho. Mas não pôde. Tia Anastácia já estava escarrapachada dentro dele.
– Tenha paciência – dizia a boa criatura. – Agora chegou minha vez. Negro também é gente, Sinhá... (pág. 71).
Conclua com a classe que Monteiro Lobato foi um autor que, como disse o pesquisador Alfredo Bosi, soube muito bem “apontar as mazelas físicas, sociais e mentais do Brasil oligárquico e da Primeira República, que se arrastava por trás de uma fachada acadêmica e parnasiana”.
Antes de terminar a aula, não deixe de discutir a importância da linguagem presente no texto de Monteiro Lobato. Uma linguagem fluente e coloquial, carregada com a matiz pessoal de um escritor que não se ajoelhava às recomendações da gramática. O escritor foi inovador ao abusar dos recursos da oralidade, uso da metalinguagem e da intertextualidade – além de despertar a consciência crítica do leitor. Como disse Maria Lajolo, ele foi o “marco inaugural da moderna literatura infantil brasileira”.
Quer saber mais?

Bibliografia

- Monteiro Lobato, Livro a Livro, orgs. Marisa Lajolo e João Luís Ceccantini, Editora Unesp
- A figura do negro em Monteiro Lobato. Marisa Lajolo. Disponível em:
http://www.unicamp.br/iel/monteirolobato/outros/lobatonegros.pdf
- Caçadas de Pedrinho. Monteiro Lobato, Editora Globo
- As histórias de Tia Anastácia. Monteiro Lobato, Editora Globo
- Negrinha. Monteiro Lobato, Editora Globo, tel.
- História concisa da Literatura Brasileira. Alfredo Bosi, Editora Cultrix
- Cartilha Preconceito não é legal: a intolerância e a lei. Disponível em:
http://www.faac.unesp.br/extensao/convdiversidade/cartilha.pdf

Consultoria Rodrigo Priante Ugá
mestrando em Literatura e Crítica Literária pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP) e professor do Ensino Médio da Rede Pública do Estado de São Paulo.